quarta-feira, 12 de março de 2014

A HISTÓRIA DO FERMENTO

O fermento foi descoberto por acaso.Segundo alguns autores, um pedaço de massa esquecida por alguém mais tempo do que o necessário para concluir a sua confecção, exposta ao calor e à umidade, antes de a assar ou cozer, foi o suficiente.
  
A farinha umedecida, entrou em processo de fermentação espontânea, ganhou volume, ficou mais macia, mudou o seu sabor.Foi assim que se descobriu o princípio básico do pão.
  
Esta lenda, segundo contam, passou-se no Egito, precisamente nas margens do rio Nilo, por volta de 2600 a. C.. Depois, no ano de 1750 a. C., os egípcios passaram a empregar nas massas o levedo de cerveja.Depois inventaram outros produtos, já químicos, para auxiliar o crescimento das massas.
O fermento é o elemento básico no processo de fermentação de massas: é um microorganismo de célula única, que se reproduz através da ação de microorganismos, os fungos.
  
Neste processo dá-se a decomposição, que é o promotor da fermentação, ou seja, os microorganismos transformam estruturas complexas em estruturas mais simples.
  
A História do Fermento Químico
  
Em 1835, o cremor de tártaro foi misturado ao bicarbonato de sódio e o resultado foi surpreendente.Assim, foi criado o primeiro fermento. Nesta época já se usava o amido de milho para ser veículo separante do ácido e do bicarbonato.
Por volta de 1850, o ácido utilizado passou a ser o ácido fosfato monocálcico.
  
O poder do bicarbonato de sódio com este ácido melhorava o desempenho em cerca de 60%.
E o mais importante: era mais barato que o cremor de tártaro.
  
Em 1859, Louis Pasteur, o pai da microbiologia moderna, descobriu como o fermento funcionava.limentando-se de farinha de amido, o fermento produzia dióxido de carbono.
Este gás expande o glúten na farinha e faz com que a massa de pão expanda e cresça.
  
As donas de casa da época descobriram que o bolo poderia crescer mais e ficar mais alto se adicionado bicarbonato à massa.Antes do descobrimento das propriedades do bicarbonato, elas batiam manteiga para deixar a massa mais aerada e fofa. Mas sua utilização tinha os seus limitantes devido à tecnologia pouco desenvolvida na época.
  
 O bicarbonato reagia muito rapidamente quando misturado à massa.Desde o século XIX até os dias de hoje o fermento em pó químico mudou muito pouco, mesmo com grandes avanços na química, ciência e com novas descobertas deste então.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

FUNÇÕES DOS INGREDIENTES EM UMA RECEITA



ÁGUA

Funções:

1.      possibilitar a formação do glúten

2.      determinar a consistência final da massa

3.      controlar e conduzir a temperatura da massa

4.      dissolver ingredientes sólidos da formulação

5.      permitir a ação do fermento

6.      contribuir com a textura e maciez do pão

 

FARINHA DE TRIGO

Funções:

1.      fonte de açúcar

2.      produção de gás

3.      retenção de gás

4.      responsável pela estrutura do produto

FERMENTO

Funções:

1.      agente de crescimento, transforma o açúcar em gás carbônico (dióxido de carbono – CO2) determinando o volume dos pães;

2.      produção de substâncias aromáticas, conferindo aroma e sabor aos pães.

 

ingredientes

SAL

Funções:

1.      Realçar o sabor

2.      Controlador de fermentação e tempo de mistura

3.      Fortalecedor do glúten

4.      Utilizado de maneira inadequada, em contato direto com o fermento,pode interromper a fermentação.

5.      Proporção: 2% em relação à quantidade de farinha de trigo

OVOS

Funções:

1.      Melhorar a cor do produto

2.      Melhorar o sabor

3.      Aumentar o valor nutritivo

4.      Melhorar textura (efeito emulsificante, ajuda que as gorduras se incorporem na massa)

GORDURA

Funções:

1.      Lubrifica a rede de glúten

2.      Aumentar a retenção de umidade

3.      Melhorar textura

4.      Contribuir para o aumento do volume do pão

5.      Melhorar as propriedades de conservação

LEITE

Funções:

1.      Enriquece o sabor e aroma

2.      Melhora a coloração da crosta do pão

3.      Retém umidade

4.      Aumenta o valor nutritivo

5.      Dá maior estabilidade à massa

6.      Melhora a conservação do pão

AÇÚCAR

Funções:

1.      Confere sabor

2.      Confere maciez

3.      Colabora na retenção de umidade

4.      Substrato para o fermento biológico produzir gás carbônico

5.      Conferir cor

MELHORADOR

Funções:

1.      Adicionado à massa para obter produto de melhor qualidade

2.      Neutraliza deficiências dos ingredientes da massa

3.      Aumenta o tempo de conservação do pão

quarta-feira, 2 de março de 2011

A DIFERENÇA DOS FERMENTOS

Fermento químico X fermento biológico

O fermento é um ingrediente muito utilizado na cozinha. Graças a ele, podemos provar alimentos macios, de digestão fácil e sabor agradável.
Quando é adicionado à massa, ocorrem vários processos (químicos ou biológicos), que acabam produzindo compostos gasosos.
Esses gases expandem a massa dos pães e bolos e dão origem a pequenos buracos, que a torna macia. A diferença entre os fermentos químico e biológico está em sua composição: o químico é constituído de bicarbonato de sódio (NaHCO3); e o biológico apresenta um fungo do tipo levedura.
No fermento químico, as reações de decomposição ocorrem quando o bicarbonato gera gás carbônico e água, fazendo com que a massa aumente seu volume.
Essa reação é auxiliada pelo aumento de temperatura e só cessa quando todo o fermento reage.
Já o fermento biológico, para reagir, precisa de glicose, que alimenta a levedura: o fungo ingere a glicose, e seu metabolismo a transforma em gás carbônico e álcool, que, com o calor, expande a massa.
Porque o fermento biológico é formado por um organismo vivo, as condições de produção da massa devem ser mais controladas: a temperatura, por exemplo, precisa estar entre de 30 a 50°C — é por isso que deixamos a massa feita com fermento biológico crescer antes de ser assada, enquanto a que é produzida com fermento químico deve ir logo ao forno.

Fermentos Químicos
Os fermentos químicos destinam-se a ser empregados no preparo de pães especiais, broas, biscoitos, bolachas e produtos afins de confeitaria.

Fermento químico é o produto formado de substância ou mistura de substâncias químicas que, pela influência do calor e/ou umidade, produz desprendimento gasoso capaz de expandir massas elaboradas com farinhas, amidos ou féculas, aumentando-lhes o volume e a
porosidade.

É composto de Ácidos,Bicarbonatos, Carbonatos, Dihidrogenos, etc. além de substâncias próprias para uso alimentar, tais como: açúcares, farinhas, amidos, féculas, enzimas , etc

No rótulo consta  a seguinte recomendação: "Conserve ao abrigo da umidade" ou "Conserve em ambiente seco", ou expressões equivalentes, por isso não coloque na Geladeira.

O que é fermento biológico?
Fermento biológico ou levedura é um microorganismo vivo cuja denominação científica é Saccharomyces cerevisiae.
Trata-se de um ingrediente imprescindível na panificação, pois é o responsável pelo crescimento da massa de pães e pizzas.

Qual a diferença entre fermento químico e fermento biológico?

O Fermento Químico ( em pó) é o responsável pelo crescimento das massas de bolo, que ocorre através de uma reação química durante o forneamento.

Já o Fermento Biológico (tabletinho) promove o crescimento das massas de pães através da fermentação que ocorre antes do forneamento.

A levedura ingere os nutrientes da massa e, como conseqüência, libera gases e substâncias aromáticas, responsáveis pelo volume, textura, aroma e sabor característicos dos pães.

Por este motivo é sempre necessário deixar a massa descansar após sovar e antes de ir ao forno.

 Dicas para o fermento fresco:
Não bata o fermento no liquidificador, pois o atrito destrói as leveduras.
Prefira comprar o produto próximo a sua utilização e após compra utilizar o mais breve possível.
Evite colocar o fermento perto de cheiros fortes, já que o fermento absorve estes odores
Por não conter conservantes e ter água em sua composição, o fermento biológico fresco é um produto sensível, que necessita cuidados, principalmente no verão.

Conserve o fermento fresco biológico entre 1 a 8ºC, a temperatura adequada e a principal responsável pela conservação do produto.
Prefira comprar o produto próximo a sua utilização, já que é um produto perecível.
Deixe para adquirir o produto no final das compras, evitando que fique fora de refrigeração por muito tempo. O fermento exposto a variações de temperatura tem prazo de validade reduzido.
Não congele o fermento fresco biológico, pois as temperaturas abaixo de zero danificam as células da levedura e diminuem sua atividade fermentativa.
Verifique sempre a validade do produto antes de sua utilização na massa.
Não bata o fermento no liquidificador, pois a lâmina do produto rompe as células da levedura resultando em perda do poder fermentativo.
Evite colocar o fermento perto de produtos com cheiros fortes, pois o fermento absorve estes odores
Não misture o fermento diretamente com sal.
Prefira adquirir o fermento fresco em locais com boas condições de armazenamento;

Verifique sempre a temperatura onde o produto está exposto entre 1 a 8ºC. Se o expositor não estiver dentro do padrão informe a gerência do local.

A melhor forma para utilizar o Fermento Biológico Fresco é dissolvendo-o com a metade da quantidade de água que será utilizada na receita, ou esfarelando-o sobre a massa. Depois, basta sovar até a massa ficar homogênea. No preparo de pães caseiros utilize 2 tabletes de 15g para cada 1kg de farinha, já em massa de pizza ou pães de massa doce utilize 4 tabletes de 15g para cada 1kg de farinha.

O QUE É FÉCULA

Devido ao(s) último(s) texto(s) (queria poder dizer: que causou muita dúvida e discussão, hahahah) sobre polvilho doce, azedo e fécula de mandioca resolvi fazer um pesquisa na rede para acabar de vez com as suas e as minhas dúvidas sobre o “amido” da mandioca.
Já começo com uma correção, pois segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) amido é um produto e fécula é outro, mesmo que quimicamente falando sejam praticamente a mesma coisa.
1. DEFINIÇÃO
  • Amido é o produto amiláceo extraído das partes aéreas comestíveis dos vegetais (sementes), etc. (Traduzindo: tem que estar acima da terra)
  • Fécula é o produto amiláceo extraído das partes subterrâneas comestíveis dos vegetais (tubérculos, raízes e rizomas). (Tem que ser parte da planta enterrada na terra)
(Referência: BRASIL. Resolução – CNNPA nº 12, de 1978) [link])
Entretanto, o órgão também não soluciona (?) muito bem a questão, no item “4. Características Gerais” existe o seguinte sub-item:
e) polvilho ou fécula de mandioca: produto amiláceo extraído da mandioca (Manihot utilissima). O polvilho de acordo com o teor de acidez, será classificado em polvilho doce ou polvilho azedo;
Quer dizer, pela legislação, polvilho é fécula por ser um produto amiláceo tendo como origem a mandioca. Mas como o todo poderoso e onipresente Oráculo que a tudo sabe e tudo vê mostrou-me o caminho! =D
Cheguei numa seção do site da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) com a matéria “Produtos da fécula de mandioca é tema do Prosa Rural” com a seguinte passagem:
A goma ou amido de mandioca tem diversas utilizações [...]
Polvilho doce e fécula são tecnicamente o mesmo produto. Comercialmente, é comum a denominação de polvilho doce para o produto obtido por secagem solar, processado em unidades menos automatizadas, de menor escala. O polvilho azedo é um produto obtido da mesma forma que o doce, mas que sofre uma fermentação após a etapa de decantação da fécula e antes da secagem, que é obrigatoriamente feita por método solar. O polvilho azedo é um amido modificado. O ingrediente é indispensável para a fabricação de biscoitos de polvilho e do pão-de-queijo.
E a parte revelação:
Para os produtores, a fécula apresenta-se como uma boa alternativa para agregar valor às suas atividades. A mais comum é a fabricação de beijus, também chamados de tapiocas [...]
Conclusão
Com base no exposto, fécula de mandioca, goma e polvilho doce são a mesma coisa e vem da mandioca. E deveriam ser chamados apenas de fécula de mandioca.
O mesmo raciocínio vale para batata (fécula de batata), arroz (amido de arroz) e milho (amido de milho).
Enquanto que polvilho azedo é um outro produto, tem como base o polvilho doce. Porém, passou por um processo de fermentação por 15-20 dias.

O QUE É GLUTEN

O Glúten é uma proteína ergástica amorfa que se encontra na semente de muitos cereais combinada com o amido. Representa 80% das proteínas do trigo e é composta de gliadina e glutenina. O glúten é responsável pela elasticidade da massa da farinha, o que permite sua fermentação, assim como a consistência elástica esponjosa dos pães e bolos.

Índice
 O glúten
O glúten é obtido da farinha de trigo e alguns outros cereais, lavando o amido (fécula). Para isso se forma uma massa de farinha e água, que é lavada, até a água tornar-se limpa. Para usos químicos (não alimentares) é preferível usar uma solução salina. O produto resultante terá uma textura pegajosa e fibrosa, parecida com a do chiclete e seus derivados.
Uso
Uma vez cozido, o glúten adquire uma consistência firme e toma um pouco do sabor do caldo no qual foi cozido. Esta propriedade faz com que seja apreciado como substituto da carne nas cozinhas vegetarianas e budista.
Em assados, o glúten é o responsável pela permanência dos gases da fermentação no interior da massa, fazendo com que ocorra um aumento no volume da massa. Depois da cocção, a coagulação do glúten é responsável pela não desinflação do bolo ou pão.
Enfermidades relacionadas com o glúten
As pessoas portadoras de doença celíaca têm uma hipersensibilidade ao glúten. Nestas pessoas o glúten provoca danos na mucosa do intestino delgado, impedindo uma digestão normal. Após eliminar o glúten da dieta, o intestino volta a funcionar com normalidade. Outra manifestação de intolerância é a presença de lesões na pele chamada dermatite herpetiforme.
Os autistas podem ser sensíveis ao glúten e à caseína (uma proteína presente no leite). Ambas as substâncias parecem ter um efeito opiáceo nestes indivíduos.
Foi comprovado que quando ingerido em excesso, o glúten causa diminuição da produção da serotonina, o que leva a um quadro de depressão.
Glúten nos cereais
O glúten pode ser encontrado nos seguintes cereais: trigo, cevada, aveia e centeio.
Não possuem glúten:
·         Arroz de todas as variedade.
·         Milho.
Tampouco contêm glúten a soja e as sementes de girassol, por exemplo. A quinua ou quinoa é uma valiosa alternativa para quem não pode ingerir glúten.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MELHORADOR DE PÃO (REFORÇADOR OU QUIMICA)


 



Existem melhoradores para tornar o pão mais fofo e com melhor aspecto, sabiam?

Existe uma dica muito natural para conseguir isto: juntar 1 colher de sopa de sumo de limão para pães de 600 g.
O sumo de limão tem ácido ascórbico (vitamina C) e com o seu uso, pretende-se tornar as fibras do glúten mais resistentes e elásticas, buscando com isso, uma maior resistência ao crescimento, aliada a uma maior capacidade de reter umidade e CO2, bem como uma função complementar de aumentar, por abrandamento, a elasticidade das fibras do glúten. Independente da qualidade da farinha, o uso do reforçador é indicado para manter a qualidade do pão após o cozimento.

Um bom melhorador de farinha é composto por três elementos principais, listados a seguir:
Reforçador de Glúten: Tem como função fortalecer as ligações da rede de glúten, aumentando assim o tempo de crescimento final da massa. O reforçador mais utilizado na panificação é o ácido ascórbico, popularmente conhecido como vitamina C.

Enzimas: As enzimas estão presentes no trigo e desempenham um papel fundamental na formação da rede de glúten, uma vez que fornecem uma maior quantidade de açúcar para a massa, já que a farinha possui de 1 a 2% de seu peso em açúcar, pois elas quebram o amido presente na farinha e o transformam em açúcares. As enzimas mais comuns utilizadas para reforçar a ação enzi-mática natural da farinha são a alfa-amilase e a beta-amilase.

Emulsificante: O emulsificante é um aditivo adicionado à formulação de um alimento que irá permitir que se forme uma emulsão, ou seja, que sejam misturados ingredientes solúveis em água com outros que por sua natureza só se misturam com óleos ou gorduras, já que em sua constituição o emulsificante é parte solúvel em água e parte solúvel em gordura. Ao proporcionar uma perfeita emulsão, o emulsificante melhora a distribuição das substâncias gordurosas da massa.

O QUE É EMULSIFICANTE

Emulsão é a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um deles (a fase dispersa) encontra-se na forma de finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase contínua), formando uma mistura estável. Exemplos de emulsões incluem manteiga e margarina, maionese, café expresso e alguns cosméticos. As emulsões mais conhecidas consistem de água e óleo.
Estabilidade das emulsões

A.. Dois líquidos imiscíveis separados em duas fases (I e II).
B. Emulsão da fase II dispersa na fase I.
C. A emulsão instável progressivamente retorna ao seu estado inicial de fases separadas.
D. O surfactante se posiciona na interface entre as fases I e II, estabilizando a emulsão
As emulsões são instáveis termodinamicamente e, portanto não se formam espontaneamente, sendo necessário fornecer energia para formá-las através de agitação, de homogeneizadores, ou de processos de spray. Com o tempo, as emulsões tendem a retornar para o estado estável de óleo separado da água.
Os agentes emulsificantes (ou surfactantes) são substâncias adicionadas às emulsões para aumentar a sua estabilidade cinética tornando-as razoavelmente estáveis e homogêneas. Um exemplo de alimento emulsificante é a gema de ovo, que contém o fosfolipídeo lecitina que estabiliza a emulsão do azeite na água.
A estabilidade de uma emulsão depende essencialmente de três fenômenos: sedimentação, floculação e quebra da emulsão devido a coalescência das gotículas dispersas.
A sedimentação resulta de uma diferença de densidade entre as duas fases e consiste na migração de uma das substâncias para o topo da emulsão, não sendo necessariamente acompanhada de floculação das gotas. As colisões entre as gotas podem resultar em floculação, que pode levar a coalescência em glóbulos maiores. Eventualmente, a fase dispersa pode se tornar a fase contínua, separada da dispersão média por uma única interface. O tempo levado para tal separação de fases pode ser de segundos ou até anos, dependendo da formulação da emulsão.
Para aumentar a estabilidade cinética das emulsões tornando-as razoavelmente estáveis, um terceiro componente, o agente emulsificante, pode ser adicionado. Os materiais mais eficientes como agentes emulsificantes são os tensoativos, alguns materiais naturais e certos sólidos finamente divididos. Esses materiais formam um filme adsorvido ao redor das gotas dispersas e ajudam a prevenir a floculação e a coalescência.
Os seguintes fatores favorecem a estabilidade de emulsões:
  1. Tensão superficial baixa: a adsorção de surfactantes nas interfaces óleo-água diminui a energia interfacil, facilitando o desenvolvimento e aumentando a estabilidade das grandes áreas interfaciais associadas com as emulsões;
  1. Filme interfacial mecanicamente forte e elástico: a estabilidade das emulsões é favorecida pela proteção mecânica dada pelo filme adsorvido ao redor da gota. A elasticidade do filme também é importante para permitir a recuperação após distúrbios locais;
  1. Repulsão das duplas camadas elétricas: a repulsão entre as partículas diminui os choques evitando a floculação. Quando agentes emulsificantes iônicos são usados, a repulsão da dupla camada elétrica lateral pode prevenir a formação de filmes compactos. O efeito de expansão dos filmes pode ser minimizado usando uma mistura de um filme iônico com um não-iônico e/ou aumentando a concentração eletrolítica na fase aquosa;
  1. Volume pequeno da fase dispersa: favorece a formação de gotículas pequenas;
  1. Gotículas pequenas: gotas grandes são menos estáveis devido a sua menor razão de área/volume, que aumentam a tendência da gota crescer;
  1. Viscosidade alta: diminui as colisões retardando a floculação e sedimentação.
O tipo de emulsão formada quando dois líquidos imiscíveis são homogeneizados depende dos volumes relativos das duas fases e da natureza do agente emulsificante. Quanto maior for o volume da fase, maior é a probabilidade do líquido se tornar a fase contínua. Sabões de metais alcalinos favorecem a formação de emulsões óleo em água, enquanto que sabões de metais pesados favorecem a formação de emulsões água em óleo. Além disso, a fase na qual o agente emulsificante é mais solúvel tende a ser a fase contínua. Essa generalização é conhecida como regra de Bancroft, devido a seu formulador Wilder Dwight Bancroft. [1]