quarta-feira, 2 de março de 2011

A DIFERENÇA DOS FERMENTOS

Fermento químico X fermento biológico

O fermento é um ingrediente muito utilizado na cozinha. Graças a ele, podemos provar alimentos macios, de digestão fácil e sabor agradável.
Quando é adicionado à massa, ocorrem vários processos (químicos ou biológicos), que acabam produzindo compostos gasosos.
Esses gases expandem a massa dos pães e bolos e dão origem a pequenos buracos, que a torna macia. A diferença entre os fermentos químico e biológico está em sua composição: o químico é constituído de bicarbonato de sódio (NaHCO3); e o biológico apresenta um fungo do tipo levedura.
No fermento químico, as reações de decomposição ocorrem quando o bicarbonato gera gás carbônico e água, fazendo com que a massa aumente seu volume.
Essa reação é auxiliada pelo aumento de temperatura e só cessa quando todo o fermento reage.
Já o fermento biológico, para reagir, precisa de glicose, que alimenta a levedura: o fungo ingere a glicose, e seu metabolismo a transforma em gás carbônico e álcool, que, com o calor, expande a massa.
Porque o fermento biológico é formado por um organismo vivo, as condições de produção da massa devem ser mais controladas: a temperatura, por exemplo, precisa estar entre de 30 a 50°C — é por isso que deixamos a massa feita com fermento biológico crescer antes de ser assada, enquanto a que é produzida com fermento químico deve ir logo ao forno.

Fermentos Químicos
Os fermentos químicos destinam-se a ser empregados no preparo de pães especiais, broas, biscoitos, bolachas e produtos afins de confeitaria.

Fermento químico é o produto formado de substância ou mistura de substâncias químicas que, pela influência do calor e/ou umidade, produz desprendimento gasoso capaz de expandir massas elaboradas com farinhas, amidos ou féculas, aumentando-lhes o volume e a
porosidade.

É composto de Ácidos,Bicarbonatos, Carbonatos, Dihidrogenos, etc. além de substâncias próprias para uso alimentar, tais como: açúcares, farinhas, amidos, féculas, enzimas , etc

No rótulo consta  a seguinte recomendação: "Conserve ao abrigo da umidade" ou "Conserve em ambiente seco", ou expressões equivalentes, por isso não coloque na Geladeira.

O que é fermento biológico?
Fermento biológico ou levedura é um microorganismo vivo cuja denominação científica é Saccharomyces cerevisiae.
Trata-se de um ingrediente imprescindível na panificação, pois é o responsável pelo crescimento da massa de pães e pizzas.

Qual a diferença entre fermento químico e fermento biológico?

O Fermento Químico ( em pó) é o responsável pelo crescimento das massas de bolo, que ocorre através de uma reação química durante o forneamento.

Já o Fermento Biológico (tabletinho) promove o crescimento das massas de pães através da fermentação que ocorre antes do forneamento.

A levedura ingere os nutrientes da massa e, como conseqüência, libera gases e substâncias aromáticas, responsáveis pelo volume, textura, aroma e sabor característicos dos pães.

Por este motivo é sempre necessário deixar a massa descansar após sovar e antes de ir ao forno.

 Dicas para o fermento fresco:
Não bata o fermento no liquidificador, pois o atrito destrói as leveduras.
Prefira comprar o produto próximo a sua utilização e após compra utilizar o mais breve possível.
Evite colocar o fermento perto de cheiros fortes, já que o fermento absorve estes odores
Por não conter conservantes e ter água em sua composição, o fermento biológico fresco é um produto sensível, que necessita cuidados, principalmente no verão.

Conserve o fermento fresco biológico entre 1 a 8ºC, a temperatura adequada e a principal responsável pela conservação do produto.
Prefira comprar o produto próximo a sua utilização, já que é um produto perecível.
Deixe para adquirir o produto no final das compras, evitando que fique fora de refrigeração por muito tempo. O fermento exposto a variações de temperatura tem prazo de validade reduzido.
Não congele o fermento fresco biológico, pois as temperaturas abaixo de zero danificam as células da levedura e diminuem sua atividade fermentativa.
Verifique sempre a validade do produto antes de sua utilização na massa.
Não bata o fermento no liquidificador, pois a lâmina do produto rompe as células da levedura resultando em perda do poder fermentativo.
Evite colocar o fermento perto de produtos com cheiros fortes, pois o fermento absorve estes odores
Não misture o fermento diretamente com sal.
Prefira adquirir o fermento fresco em locais com boas condições de armazenamento;

Verifique sempre a temperatura onde o produto está exposto entre 1 a 8ºC. Se o expositor não estiver dentro do padrão informe a gerência do local.

A melhor forma para utilizar o Fermento Biológico Fresco é dissolvendo-o com a metade da quantidade de água que será utilizada na receita, ou esfarelando-o sobre a massa. Depois, basta sovar até a massa ficar homogênea. No preparo de pães caseiros utilize 2 tabletes de 15g para cada 1kg de farinha, já em massa de pizza ou pães de massa doce utilize 4 tabletes de 15g para cada 1kg de farinha.

O QUE É FÉCULA

Devido ao(s) último(s) texto(s) (queria poder dizer: que causou muita dúvida e discussão, hahahah) sobre polvilho doce, azedo e fécula de mandioca resolvi fazer um pesquisa na rede para acabar de vez com as suas e as minhas dúvidas sobre o “amido” da mandioca.
Já começo com uma correção, pois segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) amido é um produto e fécula é outro, mesmo que quimicamente falando sejam praticamente a mesma coisa.
1. DEFINIÇÃO
  • Amido é o produto amiláceo extraído das partes aéreas comestíveis dos vegetais (sementes), etc. (Traduzindo: tem que estar acima da terra)
  • Fécula é o produto amiláceo extraído das partes subterrâneas comestíveis dos vegetais (tubérculos, raízes e rizomas). (Tem que ser parte da planta enterrada na terra)
(Referência: BRASIL. Resolução – CNNPA nº 12, de 1978) [link])
Entretanto, o órgão também não soluciona (?) muito bem a questão, no item “4. Características Gerais” existe o seguinte sub-item:
e) polvilho ou fécula de mandioca: produto amiláceo extraído da mandioca (Manihot utilissima). O polvilho de acordo com o teor de acidez, será classificado em polvilho doce ou polvilho azedo;
Quer dizer, pela legislação, polvilho é fécula por ser um produto amiláceo tendo como origem a mandioca. Mas como o todo poderoso e onipresente Oráculo que a tudo sabe e tudo vê mostrou-me o caminho! =D
Cheguei numa seção do site da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) com a matéria “Produtos da fécula de mandioca é tema do Prosa Rural” com a seguinte passagem:
A goma ou amido de mandioca tem diversas utilizações [...]
Polvilho doce e fécula são tecnicamente o mesmo produto. Comercialmente, é comum a denominação de polvilho doce para o produto obtido por secagem solar, processado em unidades menos automatizadas, de menor escala. O polvilho azedo é um produto obtido da mesma forma que o doce, mas que sofre uma fermentação após a etapa de decantação da fécula e antes da secagem, que é obrigatoriamente feita por método solar. O polvilho azedo é um amido modificado. O ingrediente é indispensável para a fabricação de biscoitos de polvilho e do pão-de-queijo.
E a parte revelação:
Para os produtores, a fécula apresenta-se como uma boa alternativa para agregar valor às suas atividades. A mais comum é a fabricação de beijus, também chamados de tapiocas [...]
Conclusão
Com base no exposto, fécula de mandioca, goma e polvilho doce são a mesma coisa e vem da mandioca. E deveriam ser chamados apenas de fécula de mandioca.
O mesmo raciocínio vale para batata (fécula de batata), arroz (amido de arroz) e milho (amido de milho).
Enquanto que polvilho azedo é um outro produto, tem como base o polvilho doce. Porém, passou por um processo de fermentação por 15-20 dias.

O QUE É GLUTEN

O Glúten é uma proteína ergástica amorfa que se encontra na semente de muitos cereais combinada com o amido. Representa 80% das proteínas do trigo e é composta de gliadina e glutenina. O glúten é responsável pela elasticidade da massa da farinha, o que permite sua fermentação, assim como a consistência elástica esponjosa dos pães e bolos.

Índice
 O glúten
O glúten é obtido da farinha de trigo e alguns outros cereais, lavando o amido (fécula). Para isso se forma uma massa de farinha e água, que é lavada, até a água tornar-se limpa. Para usos químicos (não alimentares) é preferível usar uma solução salina. O produto resultante terá uma textura pegajosa e fibrosa, parecida com a do chiclete e seus derivados.
Uso
Uma vez cozido, o glúten adquire uma consistência firme e toma um pouco do sabor do caldo no qual foi cozido. Esta propriedade faz com que seja apreciado como substituto da carne nas cozinhas vegetarianas e budista.
Em assados, o glúten é o responsável pela permanência dos gases da fermentação no interior da massa, fazendo com que ocorra um aumento no volume da massa. Depois da cocção, a coagulação do glúten é responsável pela não desinflação do bolo ou pão.
Enfermidades relacionadas com o glúten
As pessoas portadoras de doença celíaca têm uma hipersensibilidade ao glúten. Nestas pessoas o glúten provoca danos na mucosa do intestino delgado, impedindo uma digestão normal. Após eliminar o glúten da dieta, o intestino volta a funcionar com normalidade. Outra manifestação de intolerância é a presença de lesões na pele chamada dermatite herpetiforme.
Os autistas podem ser sensíveis ao glúten e à caseína (uma proteína presente no leite). Ambas as substâncias parecem ter um efeito opiáceo nestes indivíduos.
Foi comprovado que quando ingerido em excesso, o glúten causa diminuição da produção da serotonina, o que leva a um quadro de depressão.
Glúten nos cereais
O glúten pode ser encontrado nos seguintes cereais: trigo, cevada, aveia e centeio.
Não possuem glúten:
·         Arroz de todas as variedade.
·         Milho.
Tampouco contêm glúten a soja e as sementes de girassol, por exemplo. A quinua ou quinoa é uma valiosa alternativa para quem não pode ingerir glúten.